Carta aberta aos/às estudantes de EaD do Brasil
A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, nos seus 65 anos, vem construindo seu reconhecimento como entidade acadêmico-cientifica e política na área do Serviço Social, na defesa e garantia de um ensino público, gratuito, laico, de qualidade e socialmente referenciado na direção dos valores e princípios do Projeto ético-politico profissional.
Nesta perspectiva, desde muito tempo, vem denunciando a precariedade do ensino e as baixas condições e relações de trabalho docente no Brasil. Esta precariedade perpassa todo ciclo da educação em nosso país – do ensino fundamental aos Programas de Pós-graduação, tomando diversos formatos.
No que se refere ao ensino superior, esta precariedade se expressa nas instituições públicas e privadas, nas modalidades presencial e a distância. Várias denúncias chegam até nós, por parte do corpo discente e docente dessas Instituições de Ensino Superior (IES). Um exemplo trata-se do pedido de apoio ao movimento estudantil e de professores de universidades públicas federais que denunciam as precárias condições de trabalho nestas universidades e suas consequências para o processo de formação profissional do assistente social.
No que se refere ao ensino superior, esta precariedade se expressa nas instituições públicas e privadas, nas modalidades presencial e a distância. Várias denúncias chegam até nós, por parte do corpo discente e docente dessas Instituições de Ensino Superior (IES). Um exemplo trata-se do pedido de apoio ao movimento estudantil e de professores de universidades públicas federais que denunciam as precárias condições de trabalho nestas universidades e suas consequências para o processo de formação profissional do assistente social.
Igualmente, docentes e discentes de alguns cursos privados, preocupados com a formação, pedem nossa intervenção junto à sua unidade, no sentido de fortalecer a luta pela qualificação profissional e condições de trabalho.
Sabemos que essa Política Nacional de Educação voltada, indiscutivelmente, para a ampliação de mercado tem privilegiado interesses estranhos à lógica da formação de quadros intelectuais aptos a responderem de maneira qualificada às questões estruturais e complexas que tecem a sociedade brasileira. Na lógica mercadológica, o ensino, quanto mais rápido, ligeiro, barato, mais atende aos objetivos de formar trabalhadores para se adaptarem as condições e relações de trabalho precarizadas, competitivas e individualistas.
Sabemos que essa Política Nacional de Educação voltada, indiscutivelmente, para a ampliação de mercado tem privilegiado interesses estranhos à lógica da formação de quadros intelectuais aptos a responderem de maneira qualificada às questões estruturais e complexas que tecem a sociedade brasileira. Na lógica mercadológica, o ensino, quanto mais rápido, ligeiro, barato, mais atende aos objetivos de formar trabalhadores para se adaptarem as condições e relações de trabalho precarizadas, competitivas e individualistas.
Tais interesses não se preocupam com a qualidade do ensino e sim com quantidade, ou melhor, com a qualidade somente para alguns privilegiados. Assim, fica fortalecida a DISTINÇÃO entre universidades de ensino – instrumentos de profissionalização aligeirada, sem ambiente de pesquisa – e universidades de pesquisa – instituições pautadas pelo tripé ensino, pesquisa e extensão, como condição para uma formação teórico-crítica indispensável.
Entendemos que os cursos superiores devem formar profissionais qualificados nas mais diversas especialidades, muitos deles, interferindo, diretamente na vida da população, como é o caso do Serviço Social. Desta forma, qual é o perfil do profissional que responde as necessidades da sociedade brasileira hoje? É este o parâmetro para pensarmos que profissional queremos formar. Para atender a que interesses desta sociedade? A ABEPSS, coerente com o projeto ético-político da profissão, defende um profissional com competência teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa.
Um profissional crítico às investidas do grande capital na direção de transformar a educação em mercadoria, capaz de privilegiar a defesa dos direitos sociais e humanos, a ampliação da cidadania e a consolidação da democracia. Ou seja, formar intelectuais que possuam responsabilidades sociais sobre os aspectos da vida social, que atendam necessidades das classes trabalhadoras e, além disso, sejam capazes de propor projetos de intervenção profissional que possam ir além das demandas do mercado (ABESS,1996).
Entendemos que os cursos superiores devem formar profissionais qualificados nas mais diversas especialidades, muitos deles, interferindo, diretamente na vida da população, como é o caso do Serviço Social. Desta forma, qual é o perfil do profissional que responde as necessidades da sociedade brasileira hoje? É este o parâmetro para pensarmos que profissional queremos formar. Para atender a que interesses desta sociedade? A ABEPSS, coerente com o projeto ético-político da profissão, defende um profissional com competência teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa.
Um profissional crítico às investidas do grande capital na direção de transformar a educação em mercadoria, capaz de privilegiar a defesa dos direitos sociais e humanos, a ampliação da cidadania e a consolidação da democracia. Ou seja, formar intelectuais que possuam responsabilidades sociais sobre os aspectos da vida social, que atendam necessidades das classes trabalhadoras e, além disso, sejam capazes de propor projetos de intervenção profissional que possam ir além das demandas do mercado (ABESS,1996).
Nesta direção, defendemos que todos os estudantes merecem uma formação qualificada, em consonância com os princípios e valores do Projeto Ético-político profissional hegemônico.
É neste sentido que foi lançada a campanha “Educação não é fast-food”. Consideramos que todos que querem e precisam se profissionalizar devem ter oportunidades iguais, que não precisam pagar pela educação que desejam e que esta deva ser de qualidade para todos.
Nossa luta consiste em ampliar e fortalecer os espaços de formação com condições de ensino de qualidade para todos aqueles que escolherem essa profissão como desafio.
O papel da ABEPSS, CFESS, ENESSO e ANDES nessa Campanha é o de evidenciar a importância da formação de qualidade, resguardando a devida atenção aos princípios fundamentais que sustentam o Serviço Social para um exercício profissional compatível com os desafios de atuar nas diferentes, múltiplas e contraditórias expressões da questão social na realidade brasileira.
Para isso, cabe desenvolver, durante a formação, a capacidade de análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país, considerando as particularidades regionais. Esse movimento pressupõe a inserção dos sujeitos nesta realidade local, com aproximação teórico-prática nas diversas disciplinas, articulando ensino, pesquisa e extensão (atividades eminentemente orientadas e realizadas presencialmente) de outros princípios presentes nas Diretrizes Curriculares.
Nesta direção, contamos com a ampla participação de todos/as nas denúncias da precarização do ensino, bem como da forma irresponsável que algumas instituições têm dispensado à formação de profissionais, num quadro de exploração dos jovens trabalhadores.
Na busca por essa concepção de formação, nossa luta é pela não discriminação da educação, é pelo acesso de todos à educação pública, gratuita e de QUALIDADE. Essa deve ser a luta de todos nós!
É neste sentido que foi lançada a campanha “Educação não é fast-food”. Consideramos que todos que querem e precisam se profissionalizar devem ter oportunidades iguais, que não precisam pagar pela educação que desejam e que esta deva ser de qualidade para todos.
Nossa luta consiste em ampliar e fortalecer os espaços de formação com condições de ensino de qualidade para todos aqueles que escolherem essa profissão como desafio.
O papel da ABEPSS, CFESS, ENESSO e ANDES nessa Campanha é o de evidenciar a importância da formação de qualidade, resguardando a devida atenção aos princípios fundamentais que sustentam o Serviço Social para um exercício profissional compatível com os desafios de atuar nas diferentes, múltiplas e contraditórias expressões da questão social na realidade brasileira.
Para isso, cabe desenvolver, durante a formação, a capacidade de análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país, considerando as particularidades regionais. Esse movimento pressupõe a inserção dos sujeitos nesta realidade local, com aproximação teórico-prática nas diversas disciplinas, articulando ensino, pesquisa e extensão (atividades eminentemente orientadas e realizadas presencialmente) de outros princípios presentes nas Diretrizes Curriculares.
Nesta direção, contamos com a ampla participação de todos/as nas denúncias da precarização do ensino, bem como da forma irresponsável que algumas instituições têm dispensado à formação de profissionais, num quadro de exploração dos jovens trabalhadores.
Na busca por essa concepção de formação, nossa luta é pela não discriminação da educação, é pelo acesso de todos à educação pública, gratuita e de QUALIDADE. Essa deve ser a luta de todos nós!
Junho de 2011
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social
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