Primeiro dia de debates tem discussões acaloradas sobre o futuro da profissão
Foi com a leitura e aprovação do regimento interno que teve início o 39º Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS nesta quinta-feira, 9 de setembro, em Florianópolis (SC). Organizado pelo CFESS, juntamente com o CRESS-SC, o evento é realizado anualmente, com o objetivo de deliberar sobre os rumos da profissão e as estratégias de luta e de ação do Conjunto.
Compondo a mesa de abertura, o estudante de Serviço Social e representante da ENESSO Nilmar Santos expressou o desejo de que todos/as aproveitem o Encontro para reforçar e inovar no processo de ocupação dos espaços de articulação do Serviço Social. "É essencial que nossa entidade fortaleça os laços com o Conjunto CFESS-CRESS, para que nossa luta se torne ainda mais forte", afirmou.
Em seguida, a presidente da ABEPSS Elaine Behring saudou a todos/as e destacou que o 39º Nacional ocorre em um momento emocionante, após o aclamado XIII CBAS, designado por ela mesma como o "Congresso da Reviravolta". "Aprovamos o PL 30 horas, reafirmamos a força do Projeto Ético-Político e inovamos nas discussões sobre as estratégias de luta contra a barbárie da capital. Que aqui possamos construir as melhores direções regionais e nacionais para a nossa categoria", ressaltou.
Em continuação, foi dada a palavra à presidente do CRESS-SC Miriam Martins Vieira da Rosa. "Dou as boas-vindas a cada um/a. Para nós, é um desafio e uma alegria receber em nossa cidade um espaço tão importante de deliberação do Serviço Social. Tenho certeza de que encerraremos esse evento renovados para nossas lutas", assinalou.
Última a falar, a presidente do CFESS Ivanete Boschetti fez um depoimento sobre sua gestão no Conselho, bem como apontou as lutas enfrentadas pela categoria durante o período e as que ainda virão. "Hoje só consigo falar com o coração. Esse Encontro é, para mim, de comemoração e de despedida. Aprovamos as 30 horas para assistentes sociais sem redução salarial, foram tantas horas do dia dedicadas ao Serviço Social, juntamente com os companheiros/as de CFESS, de CRESS, de ENESSO, de ABEPSS e tantos outros parceiros/as de luta", emocionou-se. A presidente falou ainda sobre as representações do Conselho Federal nos órgãos consultivos de governo em diversas áreas, como Políticas Afirmativas, Saúde, Direitos Humanos. "Hoje, temos 19 representações, com direção política, projetos, vontade de ação, resultado da nossa militância em defesa das políticas sociais. Nossa maior preciosidade é o nosso Conjunto, cujas energias devemos cada vez mais direcionar no sentido de fortalecer a relação CFESS-CRESS", exclamou.
Em continuidade, os/as representantes das delegações foram chamados/as, ao som de Gonzaguinha, Legião Urbana, Chico Buarque, Mart'nalia, dentre outros/as. Simultaneamente, um vídeo produzido com fotos de arquivo enviadas por todos os CRESS e pelo CFESS emocionou os presentes.
Compondo a mesa de abertura, o estudante de Serviço Social e representante da ENESSO Nilmar Santos expressou o desejo de que todos/as aproveitem o Encontro para reforçar e inovar no processo de ocupação dos espaços de articulação do Serviço Social. "É essencial que nossa entidade fortaleça os laços com o Conjunto CFESS-CRESS, para que nossa luta se torne ainda mais forte", afirmou.
Em seguida, a presidente da ABEPSS Elaine Behring saudou a todos/as e destacou que o 39º Nacional ocorre em um momento emocionante, após o aclamado XIII CBAS, designado por ela mesma como o "Congresso da Reviravolta". "Aprovamos o PL 30 horas, reafirmamos a força do Projeto Ético-Político e inovamos nas discussões sobre as estratégias de luta contra a barbárie da capital. Que aqui possamos construir as melhores direções regionais e nacionais para a nossa categoria", ressaltou.
Em continuação, foi dada a palavra à presidente do CRESS-SC Miriam Martins Vieira da Rosa. "Dou as boas-vindas a cada um/a. Para nós, é um desafio e uma alegria receber em nossa cidade um espaço tão importante de deliberação do Serviço Social. Tenho certeza de que encerraremos esse evento renovados para nossas lutas", assinalou.
Última a falar, a presidente do CFESS Ivanete Boschetti fez um depoimento sobre sua gestão no Conselho, bem como apontou as lutas enfrentadas pela categoria durante o período e as que ainda virão. "Hoje só consigo falar com o coração. Esse Encontro é, para mim, de comemoração e de despedida. Aprovamos as 30 horas para assistentes sociais sem redução salarial, foram tantas horas do dia dedicadas ao Serviço Social, juntamente com os companheiros/as de CFESS, de CRESS, de ENESSO, de ABEPSS e tantos outros parceiros/as de luta", emocionou-se. A presidente falou ainda sobre as representações do Conselho Federal nos órgãos consultivos de governo em diversas áreas, como Políticas Afirmativas, Saúde, Direitos Humanos. "Hoje, temos 19 representações, com direção política, projetos, vontade de ação, resultado da nossa militância em defesa das políticas sociais. Nossa maior preciosidade é o nosso Conjunto, cujas energias devemos cada vez mais direcionar no sentido de fortalecer a relação CFESS-CRESS", exclamou.
Em continuidade, os/as representantes das delegações foram chamados/as, ao som de Gonzaguinha, Legião Urbana, Chico Buarque, Mart'nalia, dentre outros/as. Simultaneamente, um vídeo produzido com fotos de arquivo enviadas por todos os CRESS e pelo CFESS emocionou os presentes.
Mesa de abertura tem representantes do CFESS, do CRESS-SC, da ABEPSS e da ENESSO (Foto: Cassiano Ferraz/CRESS-SC)
Primeira mesa-redonda
A Conferência de Abertura teve como tema as Estratégias de resistência frente à precarização da formação e do exercício profissional: atualidade do Código de Ética e da Lei de Regulamentação da Profissão. Com o auditório lotado, a palavra foi dada à professora doutora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Beatriz Paiva.
Para ela, o tema de abertura do 39º Encontro Nacional perpassa o dia a dia do/a assistente social. Segundo a palestrante, faz-se necessário pensar em estratégias de luta partindo da particularidade do Serviço Social no conjunto da classe trabalhadora, não como profissão isolada. "A nossa relação com a lei 8.662/93 é dialética, critica. Por isso estamos aqui. Todo texto legal precisa do arejamento da realidade, de forma a contemplar as relações dos sujeitos coletivos", sintetizou a professora.
Beatriz Paiva externou também sua avaliação a respeito da atualidade do Código de Ética da profissão, afirmando ser este um instrumento que instala um forte e ideologicamente crítico projeto concreto de sociedade, criador de novos valores, virtudes e compromissos na relação profissional. "Além disso, esse Código dá concretude ao Projeto Ético-político, de modo que é necessários pautarmos sempre por ele as nossas ações, adaptando a cada realidade profissional do/a assistente social", frisou.
Por fim, a professora debateu sobre a reforma curricular em Serviço Social, sugerindo modificações. "Se o Estado latino-americano segue capturado pela dominação do capital, a política social segue como uma trincheira de luta valiosa pra classe trabalhadora. Por isso, o espaço da política social é de construção da luta de classes, não somente de gestão das sequelas sociais. É preciso pensar nisso, para lutarmos contra a mercadorização dos cursos de Serviço Social", concluiu.
A Conferência de Abertura teve como tema as Estratégias de resistência frente à precarização da formação e do exercício profissional: atualidade do Código de Ética e da Lei de Regulamentação da Profissão. Com o auditório lotado, a palavra foi dada à professora doutora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Beatriz Paiva.
Para ela, o tema de abertura do 39º Encontro Nacional perpassa o dia a dia do/a assistente social. Segundo a palestrante, faz-se necessário pensar em estratégias de luta partindo da particularidade do Serviço Social no conjunto da classe trabalhadora, não como profissão isolada. "A nossa relação com a lei 8.662/93 é dialética, critica. Por isso estamos aqui. Todo texto legal precisa do arejamento da realidade, de forma a contemplar as relações dos sujeitos coletivos", sintetizou a professora.
Beatriz Paiva externou também sua avaliação a respeito da atualidade do Código de Ética da profissão, afirmando ser este um instrumento que instala um forte e ideologicamente crítico projeto concreto de sociedade, criador de novos valores, virtudes e compromissos na relação profissional. "Além disso, esse Código dá concretude ao Projeto Ético-político, de modo que é necessários pautarmos sempre por ele as nossas ações, adaptando a cada realidade profissional do/a assistente social", frisou.
Por fim, a professora debateu sobre a reforma curricular em Serviço Social, sugerindo modificações. "Se o Estado latino-americano segue capturado pela dominação do capital, a política social segue como uma trincheira de luta valiosa pra classe trabalhadora. Por isso, o espaço da política social é de construção da luta de classes, não somente de gestão das sequelas sociais. É preciso pensar nisso, para lutarmos contra a mercadorização dos cursos de Serviço Social", concluiu.
Professora Beatriz Paiva na Conferência de Abertura do 39º Encontro Nacional (foto: Cassiano Ferraz/CRESS-SC)
Após a docente da UFSC, foi a vez de a coordenadora da Comissão de Ética e Direitos Humanos do CFESS, Silvana Mara de Morais dos Santos, fazer sua intervenção. De inicio, a conselheira afirmou que o 39º Encontro Nacional é "uma oportunidade de se pensar conjuntamente uma agenda ético-política para as próximas gestões, já que 2011 é o ano do próximo processo eleitoral. Ainda, segundo ela, a barbárie capitalista tenta justificar a exploração e a opressão, porém "o Código de Ética do/a assistente social contém uma indicação da necessidade histórica de um projeto societário com novos valores, com a erradicação de todos os processos de exploração, alienação e opressão". Para a coordenadora, o atual Código de Ética profissional foi resultado de um amadurecimento das reflexões efetuadas na elaboração do código de 1986.
A conselheira citou ainda resoluções do CFESS, que mostram o trabalho do Conselho no sentido de regulamentar os princípios que constam do Código de Ética. Para elucidar o trabalho que vem sendo realizado pela atual gestão, Morais enumerou ainda o informativo CFESS Manifesta, que expõe o posicionamento ético-político em relação a diversas situações de violação dos direitos humanos e da classe trabalhadora, os seminários realizados, em que o exercício profissional esteve no centro da discussão. Em seguida, a assistente social apontou os eixos que articulam a luta política do conjunto CFESS CRESS. "Atuamos em defesa da qualidade da formação profissional, pelo direito da cidade para todas as pessoas sem distinção e em defesa dos direitos humanos e da universalização das políticas sociais", observou.
A conselheira citou ainda resoluções do CFESS, que mostram o trabalho do Conselho no sentido de regulamentar os princípios que constam do Código de Ética. Para elucidar o trabalho que vem sendo realizado pela atual gestão, Morais enumerou ainda o informativo CFESS Manifesta, que expõe o posicionamento ético-político em relação a diversas situações de violação dos direitos humanos e da classe trabalhadora, os seminários realizados, em que o exercício profissional esteve no centro da discussão. Em seguida, a assistente social apontou os eixos que articulam a luta política do conjunto CFESS CRESS. "Atuamos em defesa da qualidade da formação profissional, pelo direito da cidade para todas as pessoas sem distinção e em defesa dos direitos humanos e da universalização das políticas sociais", observou.
Delegações de todo o Brasil lotam o auditório durante a abertura do Encontro (Foto: Cassiano Ferraz/CRESS-SC)
Concluindo, Silvana Mara lembrou que, neste ano, serão comemorados os 10 anos do curso Ética em Movimento, cuja próxima edição ocorrerá em outubro em Brasília (DF) e conclamou os/as assistentes sociais a renovar o vigor da luta política. "É indispensável afinar, aqui entre nós, e depois lá fora, um coro ético- político em defesa da classe trabalhadora e dos usuários com os quais trabalhamos, para mudar a vida em novas bases, fundada na igualdade e na liberdade reais", incentivou ao final de sua exposição.
Para encerrar o primeiro dia de evento, as delegações presentes participaram de uma atividade cultural, com apresentação do grupo de samba catarinense Couro de Gato. Além de ter o intuito de dar as boas-vindas aos participantes, a atividade promoveu a interação dos/as assistentes sociais, conselheiros/as, assessores e funcionários do Conjunto.
Para encerrar o primeiro dia de evento, as delegações presentes participaram de uma atividade cultural, com apresentação do grupo de samba catarinense Couro de Gato. Além de ter o intuito de dar as boas-vindas aos participantes, a atividade promoveu a interação dos/as assistentes sociais, conselheiros/as, assessores e funcionários do Conjunto.
Veja também:
Serviço Social na luta pelo direito à Comunicação
Conselho Federal de Serviço Social - CFESS
Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta – 2008/2011
Comissão de Comunicação
Diogo Adjuto - JP/DF 7823Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta – 2008/2011
Comissão de Comunicação
Rafael Werkema - JP/MG - 11732Assessoria de Comunicação comunicacao@cfess.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Lembrem-se: comentários anônimos não podem ser respondidos.
Caso necessite, entre em contato com a gente via e-mail ou clique aqui