O uso do crack pode prejudicar as habilidades cognitivas (inteligência) envolvidas especialmente com a função executiva e com a atenção. Este comprometimento altera a capacidade de solução de problemas, a flexibilidade mental e a velocidade de processamento de informações.
A literatura científica sobre os efeitos neurológicos e psicológicos do crack demonstra que a droga pode causar danos às funções mentais, com prejuízos à memória, atenção e concentração. Segundo o pesquisador Felix Kessler, do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é muito comum o desenvolvimento e agravamento da impulsividade, o que leva os indivíduos a fazerem escolhas mais imediatistas, sem avaliar as conseqüências para o futuro. "Em muitos casos, dependendo da predisposição genética, os indivíduos desenvolvem sintomas psiquiátricos, psicóticos e ansiosos, como depressão, delírios e ataques de pânico", diz o especialista.
O psiquiatra afirma, ainda, que o uso da droga pode provocar transtorno bipolar, resultado do mecanismo de rápida e intensa euforia, logo após o uso da droga, que logo é substituída pela depressão, quando o usuário está em abstinência. “Os danos causados tendem a persistir por meses e até anos depois que o individuo deixou a droga. Já os sintomas psiquiátricos podem desaparecer com mais facilidade, exceto para os indivíduos que tenham predisposição para esse tipo de doença.”
Especialista relata as consequências do uso do crack durante a gestação e em filhos de mães usuárias (áudio)
Especialista explica os efeitos neurológicos do crack (áudio)
http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/efeitos-e-consequencias/neurologicos-e-psicologicos
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