SÃO PAULO - A terceira colocada na eleição presidencial, Marina Silva, declarou, durante convenção em São Paulo neste domingo, que se manterá neutra no segundo turno da disputa eleitoral. A verde preferiu chamar a posição de "independência".
" Creio que a posição de independência é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro "
Em carta aberta a Dilma Roussseff e José Serra lida durante o evento, Marina criticou a polarização política entre PT e PSDB e cobrou um avanço maior dos dois finalistas da eleição no compromisso com o programa apresentado pelos verdes a eles.
- O fato de não ter optado por um alinhamento não significa neutralidade. Creio que a posição de independência é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro.
Na carta, Marina deixou clara que esperava um prova de amor mais concreta de Dilma e Serra.
- Embora mostrem afinidade, gostaríamos que avançassem em clareza e profundida com as nossas propostas.
A candidata derrotada disse que PT e PSDB "se deixaram capturar pela lógica do embate" na disputa política nacional.
Os discursos feitos antes do de Marina deixaram clara a opção da legenda pela neutralidade. Alfredo Sirkis, vice-presidente do PV, o deputado federal Zequinha Sarney (MA), o candidato a vice de Marina, Guilherme Leal, e candidato derrotado ao Senado por São Paulo, Ricardo Young, defenderam a independência.
PV segue decisão de MarinaO Partido Verde seguiu a posição da candidata derrotada e aprovou a posição de neutralidade da legenda no segundo turno da eleição presidencial. A votação foi simbólica. Apenas quatro pessoas se manifestaram a favor do apoio a um dos candidatos.
Nos discursos durante o evento ficou claro o plano de ter Marina na disputa pelo Palácio do Planalto em 2014.A pastora Valnice Milhones, da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, uma das lideranças religiosas que apoiou a presidenciável verde, chegou a lançar a candidatura para a próxima eleição:
- (A convenção) não é o fim. É o começo... 2014, Marina presidente - afirmou sendo aplaudida com entusiasmo.
Para o empresário Guilherme Leal, candidato a vice na chapa de Marina, a posição de independência permitirá "criticar quando for preciso e apoiar quando necessário" o futuro governo.
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