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SÃO PAULO (Reuters) - A ex-presidenciável Marina Silva (PV) deixou em aberto nesta quarta-feira a possibilidade de seguir a posição de seu partido no apoio a um dos dois presidenciáveis --José Serra (PSDB) ou Dilma Rousseff (PT)-- no segundo turno.
"Obviamente que quando se vai para uma discussão democrática sempre há a possibilidade da diferença e há a possibilidade da convergência", disse Marina a jornalistas.
Terceira colocada no primeiro turno das eleições presidenciais, o apoio de Marina --que recebeu cerca de 20 milhões de votos-- está sendo disputado pelos dois candidatos.
No próximo dia 17, a direção nacional do PV deve anunciar a sua posição para este segundo turno, marcado para dia 31. O partido tem a opção de apoiar Dilma ou Serra, além de poder declarar neutralidade na disputa.
Ainda nesta quarta-feira, Marina se reuniu com representantes da sociedade civil que a apoiaram na campanha presidencial. O encontro faz parte do processo que irá definir a posição do partido para o segundo turno.
Na reunião, seus apoiadores teriam demonstrado preocupação com um eventual apoio de Marina a um dos dois candidatos. Eles calculam que isso poderia ser prejudicial ao legado político da senadora verde, que durante toda a campanha se apresentou como uma terceira via, insistindo que tanto Dilma quanto Serra eram iguais.
"De fato, há uma preocupação... na ideia de como é que a gente faz para que essa manifestação da sociedade possa significar um novo processo e não perdermos o vínculo com esse processo político", afirmou Marina.
A senadora, que foi filiada por 24 anos ao PT, deixou o partido em 2009 por não concordar com posições petistas relacionadas ao meio ambiente.
Nesta manhã, a direção do PT anunciou o processo de decisão do apoio no segundo turno. Na convenção marcada para dia 17 vão se reunir dirigentes, deputados eleitos, candidatos derrotados e representantes religiosos. A discordância é prevista pela sigla.
(Reportagem de Hugo Bachega)
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